ABC

Prefeitos do ABC temem recuo na flexibilização e pedem responsabilidade aos munícipes

A demora de 15 dias em relação à cidade de São Paulo para conseguir a autorização do governo estadual para iniciar a flexibilização da economia ainda é motivo de preocupação para os prefeitos do ABC.  A região ficou atrás da capital e viu a vizinha abrir concessionárias, escritórios e shoppings, causado o risco de levar os consumidores do ABC e ainda podendo causar uma maior circulação do coronavírus e agravar o quadro na saúde nas sete cidades.

O Plano São Paulo desenvolvido pelo governo do Estado de São Paulo que tem base no registro de casos da covid-19 e no número de leitos de UTI para o início da abertura dos setores da economia com segurança, deixou o ABC de fora da faixa 2 (laranja) que permite iniciar a abertura dos comércios e alguns serviços na primeira avaliação. A região precisou ampliar a quantidades de leitos de UTI e negociar junto ao governo a separação do ABC em relação à região metropolitana para conseguir avançar apenas na segunda avaliação.

E, mesmo tendo ganhando alguma autonomia para abrir parte do comércio e serviços  por poucas horas por dia, os exemplos de cidades do interior que precisaram retroagir e voltar a fechar é motivo de preocupação para os administrados das cidades do ABC.  O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, disse, em live em suas redes sócias, que apesar de ter certeza de que a cidade está preparada em relação à estrutura hospitalar, teme um aumento dos casos e sabe do risco de precisar fechar novamente a economia.

Para evitar isso, ressaltou que a prefeitura vai fiscalizar com rigor o cumprimento dos protocolos exigidos para abertura. “Vamos multar e lacrar. Não vai haver notificação antes, quem estiver irregular vai ser fechado”, disse.

Em São Caetano, a preocupação do prefeito José Auricchio Júnior é a mesma. Segundo ele,  uma volta á fase 1 (vermelha)  poderá ser ainda mais prejudicial economicamente.  Com casos e mortes controladas, o prefeito teme perder todas as conquistas com uma corrida aos comércios assim que forem abertos. “Temos que continuar evoluindo de fases”, disse.

Paulo Serra, prefeito de Santo André, foi além e mostrou fotos do comércio de rua da cidade de São Paulo aberto na última quarta-feira , com muita gente na parte de fora das lojas, filas, aglomeração e falta de máscara. Uma situação realmente assustadora para quem ainda está em quarentena e com uma doença com contágio ainda alto. “Peço que os moradores de Santo André prefiram não ir às compras na cidade de São Paulo. Sei que amanhã é Dia dos Namorados,  mas deixa para comprar o presente depois,  a namorada vai entender. Segunda o comércio abre aqui na cidade.”

Foto: Divulgação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *