Dona do Doce: empresárias do ABC produzem a bolacha dos famosos
Um dia as empresárias Paula Maldonado e Luciana Maciel recebem um telefonema dizendo que a Ivete da Bahia provou as bolachas da Dona do Doce e queria mais. Esta Ivete era ela mesma, a Sangalo. Foi ai que as ex-professoras de São Caetano descobriram que o produto desenvolvido com amor e muita dedicação fazia sucesso não apenas entre os mortais, mas entre as estrelas do Brasil.
A história da Dona do Doce Bolacharia Gourmet começou há dez anos, em 2012, quando as então professoras resolveram que era hora de investir e abrir um negócio. Mas qual? Como achar o ideal? Não tiveram dúvidas que estaria ligado à gastronomia e pediram para a mãe e avó da Luciana ajudarem a desenvolver uma receita com potencial para o sucesso. A receita foi ajustada, temperatura, tempo de forno, fornecedores de produtos, mas saiu.
As bolachas da Dona do Doce começaram a ser vendidas entre amigos, familiares e colegas das escolas nas quais elas trabalhavam (Liceu Jardim e Colégio Arbos). Paula lembra que nas melhores datas, como Natal, vendiam 20 potes por dia e era motivo de comemoração. Hoje, nas mesmas datas, a venda diária chega a 1 mil potes da iguaria gourmet.
A produção era feita em casa mesmo. Mãe e avó ajudando e as sócias em jornada dupla, aulas e produção até a hora que as encomendas estivesse prontas.
Em 2016 elas resolveram que já era hora de apostar apenas na bolacharia. A primeira fábrica com cozinha industrial, de 40 metros quadrados foi aberta e elas passaram a se dedicar apenas às bolachas.
Para vender, a opção era participar de eventos, oferecer boca a boca e para conhecidos. Mas, tudo que é bom não precisa de propaganda, os fãs divulgam rapidinho. E foi isso que aconteceu. Os clientes presenteavam ou comentavam e a fama das bolachas foi se espalhando. A constelação de artistas que se deliciou com o produto também aumentou e até Ana Hickman resolveu conhecer a fábrica.
A primeira loja foi na badalada Oscar Freire, em São Paulo. Já na inauguração alguns artistas resolveram conhecer e comprar as bolachas da Dona do Doce.
Mas, chegar ao sucesso não foi tão simples. Paula conta que cada ação para crescimento da produção e abertura de loja e da nova fábrica foi estudada. “Sempre fomos atrás do Sebrae e de consultorias empresariais para ter a orientação correta de como agir”, destaca a empresária. Com o sucesso, a fábrica também foi ampliada e hoje está em um local de 500 metros quadrados em São Caetano, no mesmo prédio onde fica a loja do ABC. Luciana conta que este espaço já está pequeno e em breve terão de mudar para outro maior, que deve ser também em São Caetano.
Na inauguração no espaço na rua Piauí, elas contam que descobriram o sucesso que vaziam e não esperavam que tanta gente já conhecia a marca. “Fizemos uma produção esperando cerca de 300 pessoas. Foram mais de mil e tinha fila de espera. Nossos familiares convidados precisaram ir para a cozinha ajudar aumentar a produção para atender à demanda”, disse Paula.
Luciana conta que todos os anos, no aniversário da Dona do Doce, 30 de agosto, fazem um evento no qual distribuem presentes aos clientes. Em 2021 foram 900. Elas ainda não estimam quantos serão feitos neste ano.
Pandemia
Os planos iam bem até que em 2020 chegou a pandemia da covid-19, que ninguém nunca imaginou que teria as proporções que teve. A loja precisou ser fechada. Mas, como muitos comerciantes e empresários, elas se reinventaram.
“Precisamos passar a entregar as bolachas. E não é simples. Se forem de moto elas chegam quebradas aos clientes, já que são delicadas. A opção foi fazer o delivery com carros”, conta Paula. E , mais uma vez, foi um sucesso. “Os dois anos da pandemia, 2020 e 2021 foram os que mais crescemos”, completa Luciana. O serviço de entrega foi mantido.
Parceiras
Além das bolachas, a Dona do Doce desenvolveu em parceria com outras empresas geleias, café e até sorvete. Mas, ressaltam que todos os produtos precisam ter a mesma qualidade da Dona do Doce.
Na Páscoa, o tradicional ovo de chocolate recheado com as bolachas já ganhou a preferência dos clientes e deve repetir neste ano o sucesso das datas anteriores.
A loja da Dona do Doce em São Caetano fica na rua Piauí, 985 – Santa Paula, São Caetano e funciona até às 18h. Contato: (11) 2311-1530
A unidade de São Paulo fica na rua Oscar Freire, 285 – Jardim Paulista, e também fecha às 18h. Contato (11) 2337-4327
Fotos: Divulgação
