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Covid em São Caetano aumenta, casos têm maior gravidade e flexibilização econômica está em risco

Em entrevista na manhã de hoje para a Globo News, o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior disse que o número de casos na cidade de São Caetano estão aumentando e se agravando. Um dos motivos seria a queda no isolamento social que na cidade ficou em 47% tanto na segunda como na terça-feira passadas.

Ontem, o prefeito de São Caetano e outros de municípios com até 200 mil habitantes se reuniram com o governador João Doria por teleconferência para debater a economia e terem dados atualizados da situação na pandemia no Estado. Auricchio disse, na entrevista à Globo News, que o governador vai dar uma resposta para os prefeitos sobre a possibilidade ou não de uma flexibilização da economia a partir do dia 11 de maio até o dia 08.. Mas, o prefeito acredita que como quadro atual de casos aumentando tanto na cidade como no Estado e uma pressão sobre os leitos de enfermaria e UTI seja difícil conseguir dar início a uma abertura no comércio e outras atividades econômicas a partir da data prevista.

Em São Caetano, segundo Auricchio à Globo News, está com 60% dos leitos de UTI  para a covid -19 (doença causada pelo novo coronavírus) ocupados. Mas, há ainda na cidade outros 10 de reserva técnica. “Ter o leito em reserva não significa contar com ele na hora. Precisamos de pessoal e treinamento para trabalhar.”

“Há pressão econômica e pressão pela vida. Não podemos trocar uma vida por outra. O isolamento é fundamental nesse momento. A economia preocupa, mas antes precisamos colocar a vida em primeiro lugar”, reforçou Auricchio à Globo News.

No Estado

O governador João Doria apresentou nesta quarta-feira, dia 29 de abril, as diretrizes do Plano São Paulo aos prefeitos da Região Metropolitana de São Paulo, durante teleconferência transmitida do Palácio dos Bandeirantes. O plano prevê a flexibilização gradual e heterogênea da quarentena no Estado, com possibilidade de reabertura gradual de comércios e serviços não essenciais a partir do dia 11 de maio.

“Vamos seguir rigorosamente a quarentena até o dia 10 de maio, até mesmo porque o nosso sistema inteligente tem indicado queda na taxa de isolamento em algumas cidades da Região Metropolitana. Temos que ficar alertas nesses casos, mas também parabenizar aquelas cidades em que a população tem respondido positivamente, permanecendo em suas casas, se resguardando, protegendo suas vidas e das demais pessoas. Juntos vamos superar essa crise. Juntos, tudo vai passar”, disse Doria.

O panorama de disseminação do coronavírus no Estado de São Paulo exige cautela. O balanço publicado na tarde desta quarta confirmou 26.158 casos da doença e 2.247 mortes em decorrência da covid-19. Das 645 cidades paulistas, 314 tiveram pelo menos um registro da doença. Do total de infectados, 9.520 foram detectados em cidades do interior, litoral e Região Metropolitana da capital.

Ao longo da reunião, prefeitos de 38 cidades receberam informações sobre a situação geral de infecções e óbitos pelo coronavírus. Doria e a equipe técnica também detalharam os regramentos que vão nortear a flexibilização da quarentena em São Paulo.

Participaram da reunião os Secretários de Estado Marco Vinholi (Desenvolvimento Regional), Patricia Ellen (Desenvolvimento Econômico), José Henrique Germann (Saúde) e Célia Parnes (Desenvolvimento Social), além da economista Ana Carla Abraão, membro do Comitê Econômico, e Geraldo Reple, representando o Centro de Contingenciamento do coronavírus.

“Não existe estratégia isolada nesse momento. O que cada uma das cidades faz reflete diretamente nas outras. É fundamental que se mantenha a unidade nas ações para que não tenhamos impactos negativos em torno do combate ao coronavírus”, destacou Vinholi.

Foto: Eric Romero / PMSCS

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