Coop busca alternativas para que cooperados tenham menos impacto com inflação

Ir ao supermercado se tornou tarefa difícil nos últimos meses. Em março, a inflação oficial do Brasil foi a mais alta para o mês em 28 anos, isto é, de antes do Plano Real, devolvendo no cotidiano dos brasileiros o convívio com a alta quase diária do preço dos produtos. Para o consumidor cabe pesquisar e buscar marcas mais baratas. E o setor supermercadista também precisa buscar alternativas para manter as vendas e não impactar negativamente os negócios.

E é isso o que a Coop, rede de supermercados com sede em Santo André, tem feito. No ano passado, a rede cresceu 1,4% em suas 113 unidades de negócios, o que demonstra estabilidade na comparação com 2020.

Já, em relação aos cooperados, a Coop registro0u 138 mil novas associações, um crescimento de 5% sobre o ano anterior, acumulando 658 mil associações ao longo dos últimos 10 anos. Aproximadamente 950 mil cooperados realizaram compras nas unidades, num total de mais de 1 milhão de clientes que fizeram compras nas lojas Coop em 2021. Só para se ter ideia, no período, foram vendidas cerca de 5,5 mil toneladas de pães; mais de 13,6 mil toneladas de carnes e mais de 18,9 milhões de litros de leite, e 31,9 milhões de compras foram registradas nos checkouts da rede.

Mas, a chegada da inflação já preocupa os executivos da empresa, principalmente em relação aos consumidores, que são cooperadores e têm na Coop um local com preços melhores na comparação com os supermercados tradicionais.

Pedro Luiz Ferreira de Matos, diretor geral da Coop, destaca que sempre que a inflação atinge dois dígitos é sinal de uma taxa estruturada, mais difícil de combater e que deve ficar por muito tempo.. “E já estamos com a inflação estruturada, que não dá sinais que pode cair nos próximos meses”, disse.

Para tentar impactar menos possível nos preços dos produtos, ele ressalta que a empresa ampliou o mix em promoção. “Dobramos os artigos que têm desconto”, destacou Matos.

Já, Marcio Valle, que era o diretor geral até março, a Coop tem buscado negociar com os fornecedores e também conseguir marcas diferentes, com a mesma qualidade, para oferecer com custo menor para os cooperados. “O consumidor precisa aprender a buscar outras marcas. No caso dos hortifrútis, a dica é optar pelos que estão na safra, mas mesmo assim não estão baratos”, disse Valle.

Apesar de ampliar a linha com descontos, negociar com fornecedores e buscar outros fabricantes, os executivos sabem que não há como segurar o preço por muito tempo.

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