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Volta às aulas é incerta e será discutida pelo Comitê da Saúde do Estado

A normalidade parece começar a dar as caras nas cidades da Grande São Paulo. Mas, as escolas ainda devem ficar fechadas pelo menos por mais 45 dias, isso se a previsão do governo do Estado for mantida para 08 de setembro.

Para que a volta às aulas presenciais ocorra na data programada, todo o Estado precisa estar na faixa amarela do Plano São Paulo por pelo menos 28 dias,. A data necessária para a progressão de faixa, seria então dia 10 de agosto. Mas, ainda há quatro regiões na faixa vermelha que teriam de passar para a laranja e só depois evoluir para amarela. A nova mudança de fases do Plano será apresentada no dia 24 de julho e os casos no interior ainda estão em crescimento, o que torna a volta às aulas presenciais mais difíceis ou, ao menos uma incógnita neste momento.

Em entrevista realizada hoje no Palácio dos Bandeirantes, João Gabardo, coordenador executivo do  Comitê de Contingenciamento para Emergências para o Covid-19, disse que o Comitê de Saúde vai reavaliar os protocolos.  “Há novos estudos que  mostram que não há risco na volta às aulas. Mas há outro que mostra uma preocupação em relação aos professores e todos os funcionários da área de educação e um aumento na transmissão da doença. Em outro estudo  que vai ser analisado, há um aumento nos casos de óbitos de crianças e profissionais com a volta às aulas. Diante dessas novas pesquisas, foi pedido para o Comitê de Saúde fazer uma analise e reavaliar a volta às aulas presenciais”, afirmou Gabardo.  

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No ABC, os prefeitos de Santo André, Paulo Serra, e de São Caetano, José Aurichhio Júnior, mostram preocupação com o retorno às salas de aula. Em Santo André, o prefeito disse que a Secretaria da Educação vai analisar os protocolos e ver a possibilidade das aulas presenciais voltarem. Mas, ressalta que em alguns grupos de crianças, principalmente as menores, é impossível manter o distanciamento e evitar que elas se abracem ou troquem o suco. “Tenho uma filha de 5 anos e sei que a hora que ela vir uma colega que não vê há meses, vai querer abraçar, brincar. É preocupante”, disse Serra. Segundo ele não há certeza de que a data de 08 de setembro seja cumprida.

Em São Caetano, o prefeito disse que não irá seguir as determinações do Estado na questão da educação. “Vou assegurar a autonomia do município na Educação e montar um protocolo em cima da realidade do município”, afirmou Auricchio. Na cidade, disse, o ensino remoto está funcionando bem e tem adesão de 90% dos alunos. A volta, no município, seria realizada apenas quando houver certeza de que não vai causar um aumento nos casos e nem nos óbitos.

Foto: Divulgação Governo do Estado de S.Paulo

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