Ensino remoto foi surpresa positiva para Colégio Singular
Em março de 2020, literalmente de um dia para outro, um dos lugares que nunca deveria estar em silêncio, a escola, fechou. A pandemia apagou por mais de um ano as risadas, as brincadeiras, a aglomeração perto da cantina e levou crianças, adolescentes e professores para a tela do computador, em silêncio. Se essa mudança foi difícil para os alunos, imagine para professores e toda a equipe da escola que passaram a ter de ensinar para fotos.
No começo da suspensão das aulas presenciais a expectativa era de seriam dias ou no máximo algumas semanas. . Mas, foi bem diferente. Por mais de um ano os professores só tiveram contato de forma remota com alunos, coordenação e pais. A direção das escolas precisou descobrir como superar e manter o ensino de qualidade, buscar plataformas e até ajudar professores a entender como seria o “novo ensino”.
Entretanto, como tudo sem seu lado bom, as escolas descobriram que é possível, sim, ensinar por meio de uma tela de computador. E que a tecnologia pode ser a grande aliada nos momentos mais difíceis e deverá tornar parte integrante da educação.
O diretor de vestibulares da rede Singular, com unidades em Santo André, São Bernardo e São Caetano, Paulo Roberto De Francisco conta que nunca acreditou que os alunos conseguissem aprender com o ensino à distância, mas mudou de opinião durante a pandemia. “Eles aprenderam e há disciplinas que podem ser mantidas de forma remota sem que haja perda na qualidade do ensino”, disse.
Para ele, seria viável, do ponto de vista pedagógico, manter aulas gravadas, permitindo que os alunos tenham acesso em caso de dúvidas na matéria, como um complemento na hora de estudar para provas e vestibulares. Na rede Singular, segundo De Francisco, a gravação deverá ser mantida para os cursos de pré-vestibular.
A pandemia transformou as salas do Singular em estúdios de TV. A volta em agosto de 2021 foi híbrida, com aulas nas escolas e outros em casa, exigindo ainda mais dos educadores. Para 2022, a expectativa é que tudo volte ao normal, com os alunos na escola. “Além da parte pedagógica, a escola é onde há a integração entre as crianças e adolescentes. A convivência é fundamental para o desenvolvido do jovem”, destacou o coordenador.
Porém, nem tudo vai voltar ao normal. A pandemia mostrou que muitas atividades podem mudar e se tornar mais efetivas se forem desenvolvidas pela internet. No caso a rede Singular, que tem várias unidades em cidades diferentes do ABC, o trabalho remoto contribuiu bastante nas reuniões administrativas e pedagógicas. “Antes, professores, coordenadores precisavam se locomover de uma cidade para outra, gastar combustível e estacionamento. Agora, não mais. Onde estiverem será possível participar das reuniões e encontros pedagógicos. Esta mudança vai ficar para os próximos anos na rede Singular”, destacou De Francisco. O tempo que deixará de ser perdido no deslocamento será empregado para atividades pedagógicas na unidade, em benefício aos alunos.
E mesmo após um período de turbulências, de reaprendizado, que levou quem ensina a precisar aprender e se reinventar para cumprir seu papel de educador, o conhecido professor de muitos profissionais do ABC, Paulo Roberto, faz questão de dizer que tem orgulho da profissão que escolheu . “É gratificante ensinar. Tenho orgulho de ser professor e ver formados muitos alunos que passaram por nós.”
Fotos: Divulgação