Empresa paralisa megaprojeto de logística em antigo terreno da Ford por insegurança, após decisão do Metrô
E o terreno onde funcionava a Ford em São Bernardo que foi comprado pela empresa Prologis está de novo em um impasse. O espaço de quase um milhão de metros quadrados, teve 227,6 mil m2 declarado em área de utilidade pública pelo governo do Estado de São Paulo para ser transformado em pátio de manobra da linha 20-Rosa do Metrô, que ligará a zona oeste da capital a Santo André. Entretanto, para a empresa, a área que será ocupada pelo Estado é maior do que a ‘conversada’ com o governo e gera insegurança.
Em matéria publicada nesta quarta-feira, 19 de novembro, no jornal Valor Econômico, a Prologis havia oferecido uma área de 116 mil m2 para ser utilizada no pátio do Metrô. Porém, a declaração de utilidade pública separou um espaço 40% maior. Em nota para o Valor, o Metrô informou que em tratativas com o proprietário do terreno, apresentou argumentos de que a área oferecida não atende aos requisitos necessários para a construção da linha, que será utilizada para o ponto de partida de dois tatuzões, equipamentos que farão a perfuração da linha.
A Prologis decidiu, diante da situação, paralisar todo o projeto, que já estava com todas as aprovações necessárias, incluindo as licenças ambientais e o plano de descontaminação do espaço. O executivo Hermano Souza afirmou ao Valor Econômico que pela ação do Metrô, a empresa ficaria com área em declives, inviabilizando o projeto que poderia gerar 12 mil empregos.
O terreno é o último próximo à capital paulista e com saída para a rodovia Anchieta, o que o torna raro e um dos melhores pontos para logística.
O executivo da Prologis afirmou também que a decisão do Metrô causou supressa na matriz norte-americana, pois antes da compra do terreno houve pesquisa sobre possíveis interesses de desapropriação da área e não foi encontrado nada.
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