Capital Inicial faz show à altura de seus 40 anos

Eu vou começar a matéria lá em 1987. Ano que pela primeira vez na pude ir a um show de artistas famosos, no Anhembi em São Paulo.  O artista era o inglês Sting, que tinha saído do The Police e estava em turnê solo. A abertura do show ficou com uma banda nacional que começava a despontar com seus sucessos.

Eu já conhecia algumas das músicas, tinha até o famoso LP com uma das faixas riscadas pelas censura, Veraneio Vascaína. A mesma música foi tocada na última sexta-feira, 31 de março, no Aramaçan, em Santo André, e pela mesma banda, o Capital Inicial.

De 1987 até hoje, muita coisa rolou com o grupo. Alguns saíram, e até o Dinho Outro Preto, vocalista, deu uma fugida, mas voltou. E os a turnê 4.0 comprova que o grupo é sim um dos maiores e mais importantes do Brasil.

Em pouco mais de duas horas de show, com lotação completa (4 mil pessoas) grande parte dos hits foram tocados. Dinho precisou dividir os holofotes com a plateia formada por pessoas de todas as idades. Mas, o público a partir dos 40 anos era, sem dúvida, maioria. E sim, em ótima forma e animados do começo ao fim.

Como um bom show de rock, a pista é o melhor lugar para estar. E foi lá que quis ficar e acompanhar a apresentação da banda. E foi na pista que senti a animação e alegria de todos os que estavam ali, do adolescente ao roqueiro de barba branca com camisa do AC/DC. Parecia que os anos 80 e 90 estavam de volta e com a mesma vibração.

Dinho e todos os integrantes, Fê Lemos, Flávio Lemos e Yves Passarel, como sempre, fazem o show à altura dos 40 anos de história do Capital Inicial e desfilam os sucessos, de Veraneio Vascaína à Fogo, passando por Fátima e O Passageiro, sem esquecer o tempo do Aborto Elétrico. Lógico que Primeiros Erros (chove), de Kilo Zambianchi, mas adotada pelo Capital, levou o público à loucura. Para quem não sabe, esta música pode ser considerada um marco da banda. Ela foi tocada no Acústico da MTV e virou a historia, pois a banda passava por alguns problemas no período. E ela passou a ser presença obrigatória em todos os shows. E deste acústico saiu um dos CDs mais antológicos do rock nacional (e um dos meus favoritos). Teve também homenagem ao Camisso do Raimundos com Mulher de Fases.

No alto de seus mais de 50 e poucos anos, Dinho e toda a trupe mostram que têm fôlego para mais algumas décadas em cima do palco, para a felicidade dos fãs. Na 4.0, há clássicos, hits repaginados, novidades e faixas Lado B.

O evento foi mais uma megaprodução da Agência Maker, que já prepara o espaço de Santo André para receber o Jota Quest, em maio.

 

 

 

Fotos: Lucius Tapia/Eagle News e reprodução

 

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