Altas temperaturas atrasam aprendizado escolar, aponta Harvard. Prefeitura buscam amenizar calor nas escolas
Com mais uma onda de calor chegando, o que garantirá mais uma semana com temperaturas acima de 30º C na região Metropolitana e ABC, todo cuidado é pouco para evitar problemas de saúde. A lista do que altas temperaturas podem causar no corpo humano é extensa, e inclui desidratação, insolação e problemas cardíacos.
Apesar de todos precisarem atenção e a ingestão de muita água, há alguns locais que precisam de ainda mais atenção, como as escolas e salas de aula. Você já imaginou o que passam mais de 30 alunos e professor em um espaço fechado se o local não tiver ventilação adequada?
Estudo realizado pelas Universidade Harvard, Universidade da Califórnia em Los Angeles e da Universidade Estadual da Geórgia, nos Estados Unidos, mostram que em anos com temperaturas mais elevadas, os estudantes têm notas mais baixas nos exames escolares.
A conclusão se baseou no desempenho de 10 milhões de alunos ao longo de 13 anos, que indicou correlação “significativa” entre o clima e os resultados acadêmicos. Para os pesquisadores, uma das soluções é simples: a instalação de ar-condicionado.
No Brasil, a realidade é bem diferente e é complicado exigir de redes públicas a instalação dos aparelhos. O governo do Estado de São Paulo, o mais rico do país, divulgou que apenas 565 escolas da rede estadual contam com climatização de um total de mais de 5 mil escolas. E as unidades escolhidas para receber o sistema estão em região mais quentes do interior.
Nas redes municipais do ABC, o problema também existe e já há alternativas para amenizar o calor em sala de aula.
São Bernardo
A Secretaria da Educação informa que a maior parte das salas de aulas das escolas municipais já está equipada com ventiladores e a pasta está em processo de aquisição de novos aparelhos para atender às necessidades. Além dos equipamentos, as escolas recebem orientação para aumentar a oferta de água para crianças e adolescentes.
Atividades em espaços mais frescos e arejados também são alternativas encontradas pela Educação de São Bernardo, assim como evitar atividades físicas intensas em horários de pico de sol e temperatura. Além disso, a rede pede que os pais mandem garrafinhas de água para os alunos e que coloquem o uniforme mais fresco nas crianças. Os parques também são, segundo a Secretaria da Educação de São Bernardo, umidificados constantemente para diminuir a sensação térmica.
São Caetano
Outra cidade que já conta com um protocolo de ações para diminuir o calor de alunos e professores é São Caetano. A Secretaria da Educação informa que as escolas têm realizado atividades ao ar livre e lúdicas com água com o objetivo de reduzir a sensação térmica neste período de intenso calor
As unidades educacionais possuem ventiladores nas salas de aula, também para amenizar as temperaturas, e há manutenção constante dos equipamentos para reparos e eventuais trocas caso necessário.
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