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1º de Maio terá carreata solidária no ABC e live unificada das centrais sindicais

Diferente de anos anteriores, nos quais o dia 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalho, é marcado por festas, shows e grandes eventos, este ano será diferente, com atividades remotas, carreatas, mas sem esquecer de quem mais precisa neste momento de pandemia.  Os Metalúrgicos do ABC terão um dia marcado por atividades de protesto, solidariedade e atividades culturais. A pauta deste sábado será a pandemia e suas consequências econômicas e sociais que tanto afetam a classe trabalhadora. As atividades vão chamara a atenção pela luta pela vida, por vacina para todos, democracia, emprego, e a  defesa de um auxílio emergencial de R$ 600.

Na parte da manhã, os Metalúrgicos do ABC participam de uma carreata solidária e de protesto, organizada pela CUT-SP. A concentração será no Estádio 1º de Maio, Vila Euclides, em São Bernardo, às 9h. De lá os veículos seguem até a Praça da Moça, em Diadema. No local haverá um drive -thru solidário para arrecadação de alimentos.

O presidente do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão, ressalta o significado de lembrar e marcar a data, especialmente no momento atual. “O 1º de Maio é dia um dos trabalhadores, uma data que marca as lutas que já travamos e principalmente aquelas que ainda precisamos enfrentar. Hoje nossas prioridades são a vacinação em massa, a defesa da Saúde Pública, a defesa do emprego de qualidade e o combate à desigualdade e à fome”.

O dirigente lembra que, infelizmente, a fome voltou a ser um tema urgente, devido à pandemia e a falta de ação dos governos. “Ao contrário do que ocorria nos anos 90, quando nossas campanhas de arrecadação eram para ajudar a população de regiões bem mais carentes, como o Nordeste, hoje as doações são destinadas à população que vive aqui ao nosso lado, nas periferias. Este 1º de Maio tem de ser também de solidariedade”, reforça.

 

Live com as centrais sindicais

Às 14h, a CUT e as demais centrais sindicais realizam a live do 1º de Maio, unificada, com participação de artistas, políticos e sindicalistas. Neste ano, os presidentes das centrais estarão em um estúdio, de onde farão seus discursos.  A atividade contará com a participação dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Fernando Henrique Cardoso, parlamentares, lideranças partidárias e de movimentos sociais, além de entidades sindicais internacionais e representantes de diferentes religiões.

Estão confirmadas também as participações de Elza Soares, Chico Buarque, Chico César, Tereza Cristina, Marcelo Jeneci, Odair José, Osmar Prado, Gregório Duvivier, Tereza Seibilitz e Paulo Betti, entre outros artista. Acadêmicos e esportistas, com a atleta Joana Maranhão, também integram o evento. A atividade será transmitida pela TVT, pelas redes sociais das centrais e também pela página do Sindicato no facebook.

Para Wagnão, a unidade das centrais é fundamental neste momento de imensos desafios. “É preciso preparar a classe trabalhadora para a retomada pós-pandemia, que não será nada fácil, dadas as condições econômicas e políticas que vivemos. A pandemia descontrolada agravou ainda mais os problemas já existentes, como a precarização do trabalho e o desemprego”, destaca.

“É preciso pensar em novas formas de organização do movimento sindical, para que ele possa atender inclusive o número crescente de trabalhadores informais. Temos hoje uma quantidade significativa de pessoas que trabalham para aplicativos digitais e não têm sequer um patrão com quem possam negociar. Eles não são ‘empreendedores’, mas sim trabalhadores ainda mais explorados, e este é um grande desafio a ser encarado. Neste 1º de Maio temos demandas urgentes, como a fome, a vacina, e temos também de pensar o futuro”, completa.

Foto: Divulgação

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