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Taylor Swift: descaso, irresponsabilidade ou um dia normal para o Rio de Janeiro?

A morte de uma fã no show da cantora Taylor Swift no Rio de Janeiro na última sexta-feira, 19 de novembro, ocupou as páginas de noticiários e redes sociais no Brasil e no mundo durante o fim de semana. O calor fora do comum, mas esperado e previsto, e a falta de água dentro do Engenhão podem ter sido os motivos da morte. Mas, será que as autoridades realmente não sabiam dos fatos?

Ouvir de autoridades que “desconheciam” que água e comida não podem entrar nos estádios em dias de show soa um tanto estranho.  Será que nenhum deles foi ou teve algum filho ou neto que costumam ir à shows? Isso é não recente, é desde sempre. Os motivos, evitar que garrafas de vidro se transforem em armas ou as de plásticos virem lançadores de urina. Mas, o  principal é o lucro que o patrocinador deve ter, já que o valor cobrado dentro do estádio é cerca de 10 vezes o normal.  Precisou uma jovem morrer para que fosse descoberta a proibição da entrada de água. Ah, é não é só no Rio, mas no Brasil todo.

Mas a desorganização…. bem, o Rio de Janeiro merecer um prêmio. A bagunça dos shows da Taylor Swift não foi a primeira. Em 1998, o primeiro show da banda U2 no Brasil foi, digamos, uma confusão generalizada e que quase fez com que os irlandeses nunca mais voltassem ao país.

Os ingressos foram vendidos para o Maracanã, mas o show foi no Autódromo de Jacarepaguá, transformando o que era para ser um evento grandioso, em uma bagunça sem fim. Pessoas sem saber para onde ir e seguranças ainda mais perdidos. Quem pagou R$ 170 no ingresso (valor da época), ficou ao lado de quem desembolsou R$ 30. Mas, neste dia de janeiro, a cidade parou completamente por conta do show em um congestionamento que durou quatro horas e muitos fãs só conseguiram chegar depois que a banda já tinha deixado o palco. A única coisa que realmente foi profissional foi a apresentação dos quatro integrantes do U2. Por tudo isso, a organização de eventos de grande porte na cidade maravilhosa não é tão maravilhosa assim. Ah, e é do conhecimento de todos.

 

Voltando ao show da Taylor Swift, a morte da jovem chocou. Mas chocou ainda mais o sumiço da organizadora, a T4F, e da própria cantora, que nem citou o caso nos outros dois shows na cidade.

Os fãs, que vergonha! Indignados com o adiamento do show de sábado sequer lembraram que uma pessoa havia morrido no local. Em um lugar um pouquinho mais civilizado, o show teria sido cancelado. Mas, estamos no Brasil, pior ainda, no Rio de Janeiro.

Ah, mas a cantora não tinha obrigação nenhuma de citar ou fazer uma aceno para a família da fã. Será? Para quem não se lembra, em 1993 o cantor Michael Jackson, que causava muito mais frisson do que a Taylor, esteve no Brasil e sua comitiva atropelou um garoto em Guarulhos. Jackson resolveu visitar as crianças internadas no Hospital Darcy Vargas e passar antes na fábrica da Estrela para comprar e levar brinquedos. Como não poderia deixar de ser, uma multidão se aglomerou perto do carro do cantor e o garoto acabou prensado.

Diferente de Taylor, que nem mandou um assessor entrar em contato com a família da jovem morta (até hoje, 21 de novembro) Michael Jackson apareceu no hospital onde o menino estava internado para uma visita.  Se ela presa tanto pela imagem, seja por marketing ou por compaixão, deveria ao menos ter enviado uma mensagem à família.

A T4F contabiliza os prejuízos com a vinda da Taylor Swift para o Brasil. As ações da empresa caíram 9,6% e já tem uma multa de R$ 13 milhões aplicada pelo Procon do RJ para pagar. Sem falar que o Ministério Público já investiga as circunstâncias da morte da fã da cantora.

 

Foto: Reprodução  e EBC

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