Morando e Toyota vão discutir alternativa para área da fábrica. Funcionários fazem atos

O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, se encontrou nesta quinta-feira, 07 de abril, como o presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang, de quem voltou a ouvir que a decisão de tirar as atividades fabris da cidade são definitivas. A empresa, entretanto, aceitou discutir alternativas para o espaço que ficará ocioso.  A área é da Toyota, que tinha o interesse em vender após a saída.

A discussão se faz necessária, já que outras áreas que foram deixadas por empresas que saíram da cidade, como a Ford e a Multibrás (fabricante da Brastemp), foram vendidas para a Construtora São José. A primeira vai se tornar centro de logística. Na outra foi construído o São Bernardo Plaza Shopping.

Para discutir as alternativas para o espaço que será deixado pela Toyota, será aberta uma comissão para ampliar esse debate e buscar soluções. “Respeitamos a história de São Bernardo do Campo e queremos contribuir para que a cidade encontre novos caminhos para gerar negócios e empregos”, acrescenta Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil.

 

Manifestações

 

Em plenária realizada na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC na manhã desta quinta, os trabalhadores na Toyota decidiram sair em passeata da Rua Marechal Deodoro, principal rua de comércio de São Bernardo, até a Igreja Matriz, em protesto contra a decisão da empresa de fechar a planta da montadora na cidade.

Durante a reunião, os metalúrgicos também aprovaram a realização de uma outra mobilização com a participação dos familiares, em frente a Toyota nesta sexta, 08 de abril, a partir das 10h.

“A Toyota se vende como uma empresa que honra seus compromissos, mas não está honrando o compromisso que assumiu com estes trabalhadores de que não iria fechar a fábrica”, afirmou o presidente do Sindicato, Moisés Selerges, durante manifestação dos trabalhadores.

O diretor administrativo do Sindicato, Wellington Messias Damasceno, pontuou que a mobilização dos trabalhadores foi uma reafirmação da posição da entidade sindical para que a empresa abra uma mesa de negociação que discuta o futuro da fábrica. “A Toyota afirmou o tempo todo, inclusive provocada este ano, que manteria a planta de São Bernardo porque é uma fábrica lucrativa, estratégica e não tinha planos de encerramento da unidade.”

“ O que o Sindicato reivindica nesta manifestação é a suspensão da decisão da Toyota e abertura de uma mesa de negociação com o poder público, Sindicato e empresa sobre o futuro e manutenção da montadora e os empregos dos trabalhadores que aqui estão em mais um dia de luta. Queremos que nessa negociação a Toyota apresente os resultados da planta de São Bernardo. Para que tenhamos condições de negociar a partir de informações concretas”, prosseguiu o dirigente.

A planta de São Bernardo foi a primeira unidade da Toyota fora do Japão e conta com cerca de 580 trabalhadores.

 

Foto: Adonis Guerra

 

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