Economia

Mercado Imobiliário do ABC comemora melhor ano da história

Mesmo com um cenário nem tão propício para a economia, com juros altos e o uso do FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço) para outros fins,  como o saque-aniversário, o setor imobiliário do Brasil e do ABC comemoram 2024 como o melhor da história, com crescimento de 10% nas vendas na comparação com 2023. Os dados foram apresentados nesta segunda-feira, 31 de março pela Acigabc (Associação dos Construtores e Imobiliárias do Grande ABC) e estão em estudo elaborado pela Brain Inteligência Estratégica.

Além de mostrar um mercado aquecido, com lançamentos vendidos rapidamente e praticamente com estoques zerados, a análise coloca o setor imobiliário em um outro patamar. Mesmo que não haja crescimento em 2025 o resultado já é ótimo. Julio Diaz, presidente da Acigabc, ressalta que com a base de comparação alta, mesmo sem elevação nas vendas é um bom desempenho. “O setor está em um patamar mais alto, os números são elevados e mantê-los é ótimo.”

Para Milton Bigucci Júnior, presidente do Conselho Deliberativo da Acigabc, apesar de estar em um patamar melhor, ainda há espaço para crescimento em todas as cidades do ABC. Para ele, ainda faltam resolver algumas arestas com as administrações públicas para acelerar os processos do setor. “Santo André é onde há mais agilidade e um processo mais moderno. Em São Bernardo, a nova administração está conversando com o setor para acelerar as mudanças no plano diretor e esperamos que ainda no primeiro semestre estejam resolvidas. Em São Caetano, o entrave para os empreendimentos é a exigência de duas vagas. Mas está havendo conversa com todas as prefeituras”, ressaltou Bigucci.

Em números, o estudo da Acigabc mostra que foram comercializadas no ano passado 6.195 unidades habitacionais, crescimento de 10,6% na comparação com 2023, que teve 5.570 unidades vendidas, em cinco municípios pesquisados (Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Mauá). O Valor Geral de Vendas (VGV)  alcançou R$ 3,7 bilhões, 33,5% superior ao registrado em 2023.

O valor médio de venda no ABC foi de R$ 555 mil, sendo São Caetano com o mais caro, R$ 865 mil, e Diadema com o valor mais baixo, R$ 411 mil. A liderança nos lançamentos está com Santo André, principalmente com os valores da média. São Bernardo é a cidade com menor estoque para vendas, o que mostra o potencial da cidade.

Em relação ao metro quadrado, Diaz ressalta que houve um ajuste e uma certa equiparação com os da capital, o que reduziu o interesse dos moradores de São Paulo em se transferir para o ABC. O metro quadrado mais caro está em São Caetano, R$ 10.557 e em Mauá, o mais baixo, R$ 6.962. 

Para 2025, a expectativa é de estabilidade, o que é positivo devido ao forte crescimento de 2024. Mas, a entidade ressalta que a queda dos juros é um fator importante para que o setor imobiliário se mantenha em patamares elevados.

 

Foto: Reprodução

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