Bem Estar

Campanha facilita doação de órgãos e cria autorização eletrônica

Por mais que você comunique sua família que gostaria que os órgãos fossem doados após a morte, em muitos casos ainda há a recusa. A dor do momento pode contribuir para isso. Em 2023, 42% das famílias recusaram doar um órgão do ente falecido segundo dados do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Cerca de 60 mil pessoas aguardam por algum órgão no Brasil. A maioria espera por um novo rim (32.862 pessoas), vindo, a seguir, fígado (1.391), coração (359), pulmão (158), e pâncreas (11).

No ano passado, a lista de espera por um novo órgão recebeu 42 mil pessoas e em torno de três mil pessoas morreram sem receber a doação. Atualmente, 1.381 crianças esperam por um novo órgão. A maioria aguarda por um novo rim (335), seguido por fígado (63), coração (49) e pulmão (6).

Uma parceria entre o Ministério da Saúde e o CNJ busca facilitar a doação de órgãos no Brasil. A partir de agora, quem deseja ser doador pode registrar sua vontade pela internet. Clique aqui para ver o passo a passo.

“Um só Coração: seja vida na vida de alguém” também marca a regulamentação do sistema de Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (Aedo). A autorização para doação em caso de morte encefálica continuará sendo feita pela família do paciente, mas a iniciativa visa tornar a intenção de doar mais transparente para agilizar o processo. Agora, qualquer pessoa que queira ser doadora de órgãos poderá manifestar e formalizar sua vontade por meio de um documento oficial, feito digitalmente em qualquer um dos 8.344 Cartórios de Notas do Brasil.

De acordo com o CNJ, a medida garante que os familiares e o sistema de saúde estejam cientes da decisão, facilitando o processo de doação e transplante de órgãos.

“O provimento que regulamenta o procedimento de doação de órgãos, assegurou a importância de que todos os cidadãos tenham acesso gratuito a um mecanismo seguro que fomente e agregue o maior número de doadores de órgãos e tecidos com o objetivo de que seja respeitada a declaração de vontade do doador,” disse o corregedor-nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão.

Foto: EBC

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