Abraic: 6% das compras de imóveis já são 100% digitais

2/2/2022 – Os leilões digitais entram e fomentam a transformação digital no setor imobiliário

Setor imobiliário investe em tecnologia durante período de confinamento; leiloeiro oficial e rural fala sobre inovação dos leilões on-line para formato 100% digital

O investimento em tecnologia no mercado imobiliário brasileiro vem em uma crescente desde o surgimento da pandemia de Covid-19. Como resultado das medidas de quarentena e isolamento social, no momento em que as portas tiveram de ser fechadas, construtoras, imobiliárias e demais empresas do setor tiveram que migrar para o digital para continuar operando. 

Consequência disso, 6% das compras de imóveis realizadas nos últimos 12 meses foram realizadas pela internet, segundo estudo divulgado pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) no final de novembro do último ano. O levantamento compreende o período entre os meses de novembro de 2020 e 2021.

A aposta em inovação tem dado resultados positivos: o setor registrou o crescimento de 46,1% no número de apartamentos novos vendidos no primeiro semestre de 2021, em relação ao mesmo período no ano anterior, conforme dados da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção). Este é o melhor resultado em quatro anos, com destaque para as regiões Nordeste e Sudeste que registraram os maiores índices de crescimento, com 60,9% e 49,2%, respectivamente.

Anderson Lopes de Paula, leiloeiro oficial e rural da E-Leilões – empresa que atua com solução digital para venda de ativos e presidente do Instituto Nacional de leiloeiros Ciência e Tecnologia INNLEI -, afirma que a pandemia também acelerou a transformação digital no segmento de leilões.

“Com o confinamento, o impulso por mais tecnologias foi enorme e impactou no nivelamento rápido de quem não utilizava os recursos on-line para realizar os leilões que, em sua maioria, eram híbridos, ou seja, existiam mais licitantes presentes fisicamente do que on-line no leilão”, explica.

Perspectivas para os leilões digitais no futuro pós-pandemia 

De Paula considera que os investimentos em tecnologia são cada vez maiores para trazer maior disrrupção ao modelo existente na utilização das plataformas de leilões. “Devemos ver interfaces cada vez mais intuitivas com modelagem voltada à experiência dos usuários e integrações a nível de API automatizadas de envio de dados para compor um leilão”.

Outrossim, acrescenta, a utilização de blockchain deve se tornar uma realidade, tanto para segurança das transações quanto para integridade nas informações do que acontece durante um leilão, com aposta em soluções smart contract e IDdigital. “Além de tudo isto, os projetos a cada dia se multiplicam, nos levando a criar soluções de pagamento inteligentes e emissão de contratos totalmente digitais”.

Para o profissional, os leilões digitais ajudam a intensificar a transformação digital no setor imobiliário. “Podemos dizer que os leilões movimentam bilhões de reais anualmente somente no setor imobiliário”, afirma, ressaltando que a tendência para os anos vindouros é de que não ocorram mais leilões híbridos e, muito menos, somente presenciais. 

“Temos que nos preparar em cada vez mais entregar soluções inteligentes na realização dos leilões, tais como automatização de processos, inteligência artificial, integração total de dados entre instituições e leiloeiros, além de ferramentas cada vez mais intuitivas para participação dos leilões”, conclui.

Os leilões de imóveis da Caixa Econômica Federal já vêm sendo realizados neste formato 100% digital. Para mais informações, basta acessar: https://www.e-leiloeiro.com.br/

Website: https://www.e-leiloeiro.com.br/

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