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Sehal cobra parklets em S. Bernardo. Prefeitura ainda não cumpriu promessa da volta dos retornos na Prestes Maia

Além dos parklets, outra promessa feita pelo prefeito Marcelo Lima ainda não foi cumprida. Em abril, durante coletiva no Salão Nobre da Prefeitura da cidade, afirmou que a atual administração devolveria os retornos que existiam no canteiro central, mas até agora, nada.

Na ocasião, o prefeito afirmou que colocaria nos dias seguintes os tratores na rua para resolver os problemas. O canteiro foi transformado em uma ciclovia em março de 2024, pelo prefeito Orlando Morando e causou transtornos não apenas aos moradores, mas ao comércio do local.

Para mudar de lado é preciso encontrar um retorno distante e que agora também congestiona, assim como toda a avenida. O comércio viu o número de clientes diminuir e algumas lojas fecharam as portas, como o Pão de Açúcar Minuto e a PB Kids, entre outros.

Enquanto cidades vizinhas como Santo André e São Caetano já adotaram a instalação de parklets — pequenas extensões da calçada com estrutura para mesas e atendimento ao ar livre — São Bernardo segue sem implementar a iniciativa, que beneficia diretamente bares, restaurantes e consumidores.

O Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC) tem pressionado o poder público para a instalação de parklets em São Bernardo. Em fevereiro deste ano, o presidente do sindicato, Beto Moreira, reuniu-se com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Trabalho e Turismo, Rafael Demarchi, para reforçar a importância do projeto para o setor de alimentação local.

Demarchi chegou a afirmar, em entrevista ao Portal Eagle News no início do ano, que atenderia a demanda e autorizaria a instalação dos parklets. No entanto, até o momento, nenhuma medida efetiva foi tomada.

A reivindicação não é nova. O Sehal já havia apresentado a proposta à gestão anterior, comandada por Orlando Morando, que também rejeitou o pedido. Para o sindicato, trata-se de uma solução urbana de baixo custo, que pode valorizar o espaço público, gerar receita e melhorar a experiência dos consumidores.

“A instalação dos parklets é uma demanda legítima dos estabelecimentos. É uma alternativa moderna que valoriza o espaço público, melhora o atendimento e aumenta a receita do setor”, afirma Beto Moreira.

O dirigente lembra ainda que os estabelecimentos de São Bernardo compõem uma parte significativa da base do sindicato patronal. “A cidade está atrasada em relação às demais do ABC. Os empresários de São Bernardo merecem atenção e oportunidades para evoluir. Bares e restaurantes movimentam a economia local e precisam de políticas públicas de incentivo”, completa.

 

Parklets como fomento ao comércio local

Em Santo André, os parklets foram implementados após articulação de empresários com apoio do Sehal, e hoje fazem parte do cenário urbano. “A cidade colheu bons resultados com a iniciativa, que beneficia o cliente e estimula a economia. É esse modelo que queremos ver também em São Bernardo”, finaliza o presidente.

 

Promessa não cumprida: retornos na Prestes Maia continuam ausentes

Além da ausência dos parklets em São Bernardo, outra pendência da gestão municipal está relacionada aos retornos na Avenida Prestes Maia. Em abril de 2025, o prefeito Marcelo Lima prometeu, em coletiva no Salão Nobre da Prefeitura, que os retornos no canteiro central da via seriam restabelecidos. Até o momento, a promessa não foi cumprida.

Desde que o canteiro foi transformado em ciclovia, ainda na gestão de Orlando Morando em março de 2024, comerciantes e moradores da região enfrentam dificuldades. A ausência de retornos adequados causou queda no movimento comercial e até o fechamento de lojas, como PB Kids e Pão de Açúcar Minuto.

Hoje, para mudar de lado na avenida, é necessário buscar retornos distantes, o que gera congestionamentos e perda de fluxo para o comércio local.

 

Foto: Divulgação Sehal

 

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