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OMS diz que escola não é o “motor” principal de contágio, mas em regiões que já controlaram a epidemia

A volta às aulas é um dos pontos críticos da epidemia da covid-19. Colocar crianças e funcionários em salas fechadas com alunos na maior parte das vezes assintomáticos (na cidade de São Paulo mais de 60% das crianças testadas positivas para a covid-19 não tiveram sintomas) pode gerar um a nova onda ou agravar ainda mais a situação da transmissão do coronavírus.

Esta semana, a OMS afirmou que não há grandes riscos em manter os alunos na escola, mas em locais onde a transmissão já foi controlada. Infelizmente não é o caso do Brasil neste momento. Mas pode ser nos próximos meses. No Estado de São Paulo a previsão do retorno as aula presenciais é para 07 de outubro. Porém, várias cidades já afirmaram que não será possível o volta ainda este ano.

A OMS também deixou claro que as atividades escolares só terão segurança com uma testagem em massa e a identificação dos casos. “Se queremos a volta às escolas, se queremos que as sociedades voltem ao normal, precisamos por um foco maior em identificar e testar casos suspeitos, identificar todos que tiveram contato com esse caso e pedir que se isolem em quarentena por 14 dias”, afirmou o diretor de emergências da entidade, Michael Ryan.

A mesma OMS destacou que as crianças maiores têm mais chance de transmitir o vírus.  A diretora técnica da organização, Maria van Kehkove, afirmou que estudos revelam uma diferença na transmissão da covid-19 entre as crianças. De acordo com as pesquisas, as crianças mais velhas têm maiores chances de transmitir a doença que as mais novas. Também, segundo ela, existem dados que apontam que são as crianças mais velhas que desenvolvem sintomas mais fortes e que seriam mais suscetíveis a serem contaminadas. As mais velhas seriam a partir de 11 anos.

Para a OMS as escolas não são isoladas do resto da comunidade. Então, se há uma transmissão intensa, como no Brasil, a escola pode sim ser infectada. E a preocupação, segundo a entidade, não deve ser apenas de alunos, mas em relação aos professores e funcionários. No Hemisfério Norte, as aulas têm inicio em setembro. A discussão sobre como será ainda está acirrada, mas em breve vamos saber como foi o resultado por lá.

Foto: Divulgação EBC

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