ABC

Internações por covid sobem no ABC, que pode regredir no Plano São Paulo

A alta de internações no Estado provocadas pela covid-19  que foi confirmada pelo governador João Doria na última segunda-feira, 16 de novembro, também ocorre no ABC. Em Santo André, o aumento já chega a 43% na procura por hospitais. No Estado, a elevação é de 18%.

Alguns hospitais privados da capital paulista já registram UTIs cheias e sem vagas. Em outros, mais uma vez, as cirurgias eletivas precisaram ser canceladas. Médicos que trabalham na linha de frente divulgaram hoje carta pedindo que as pessoas mantenham os cuidados e evitem aglomeração, pois a situação vivida no pico da pandemia começa a se repetir.

Hoje, em Santo André, segundo boletim divulgado pela prefeitura, a ocupação dos leitos de enfermaria está em 46,21% e dos de UTI, em 40,21%. No dia 06 de novembro, a ocupação da enfermaria era de 27,62% e de 35,14% no caso das UTIs.

Em São Bernardo, a situação não é diferente. A cidade foi a primeira a superar o marca de mil mortes causadas pela doença. Ontem, segundo dados do Plano São Paulo, eram 1.002 mortos pelo novo coronavírus. Hoje, já são 1.008.  No pico da doença, entre julho e agosto, a cidade chegou a registrar mais de 10 mortes diárias por várias semanas.

Em relação à ocupação de leitos, a situação ainda é confortável por conta da demanda, mas já começa a preocupar. No dia 08 de novembro, segundo a administração de São Bernardo, 37 pessoas estavam na UTI. Hoje, são 53 internados nas Unidades de Terapia Intensiva.

São Caetano, que chegou a ter 28% de taxa de ocupação das UTIs voltadas para covid voltou hoje para 46%. A cidade já soma 251 óbitos causados pelo novo coronavírus.

Os médicos apontam o cansaço em relação ao isolamento social e às restrições econômicas para explicar, em parte, o aumento dos casos. Houve ainda o feriado do dia 02 de novembro e as campanhas eleitorais que causaram aglomeração.

Na segunda, ao confirmar a alta das hospitalizações, o governo adiou a atualização do Plano São Paulo. Como houve uma demora na atualização pelo Ministério da Saúde dos dados sobre a doença, os casos poderiam estar represados e impactando os números. O governo preferiu esperar até o dia 30 de novembro para atualizar as regiões no Plano.

Na ocasião, o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchetyn deixou claro que as restrições poderão ser aumentadas caso o aumento dos casos e internações sejam uma tendência e não apenas um reflexo do feriado prolongado ou do problema na noticação dos casos.

Se o ABC fosse hoje considerado pelo Plano São Paulo uma região isolada, os dados já poderiam permitir um retrocesso para a fase laranja, mais restritiva. Mas, após uma alteração no Plano São Paulo as sete cidades foram consideradas como um bloco só, como Região Metropolitana, a volta poderá ser para a fase amarela. A próxima classificação das fases só será realizada no dia 30 de novembro, após o segundo turno das eleições.

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