Governo federal libera R$ 160 mi para saúde de S.Bernardo. Prefeitura aguarda verba de custeio de Tarcísio

Enquanto o governo estadual, de Tarcísio de Freitas só repassou apenas 10% do valor esperado para custeio da saúde de São Bernardo, o governo federal, comandado por Luís Inácio Lula da Silva, anunciou a liberação de R$ 160 milhões para a cidade.

Em evento realizado na última sexta-feira, 01 de agosto, no auditório do Hospital de Clínicas de São Bernardo, o secretário executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda anunciou a liberação de R$ 60 milhões em parcela única, como apoio aos atendimentos especializados já realizados pelo município. Outros R$ 100 milhões serão utilizados para custeio dos atendimentos de alta e média complexidade. 

A liberação destes recursos ocorrerá por meio do programa Agora tem Especialistas, que visa aumentar o acesso a consultas e exames pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Além dos R$ 160 milhões, outros R$ 13 milhões serão incorporados ao teto anual que a cidade recebe do Governo Federal para as UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) do Hospital de Clínicas).

O prefeito de São Bernardo, Marcelo Lima, agradeceu o apoio que o Governo Federal tem dado à cidade – foi a segunda vez este ano que um representante do Ministério da Saúde esteve no município – e reiterou que, passada a eleição, não há espaço para divergências políticas, apenas para diálogo em busca do melhor para a população. “Pegamos a saúde em uma situação muito difícil e tenho muito orgulho do que já fizemos nesses sete meses, atendendo a fila de mais de 94 mil atendimentos que herdamos”, afirmou.

“Estamos aqui de portas abertas para dialogar, para conversar e, acima de tudo, para receber aqueles que queiram ajudar São Bernardo”, disse o chefe do Executivo municipal. “O Governo Federal prometeu nos ajudar e vocês não estão só falando, é na prática, vindo aqui e ajudando”, completou.

Nesta semana, o prefeito ser reunirá com o secretário da Saúde do Estado de São Paulo, Eleuses Paiva, para tentar destravar as verbas de custeio para a cidade. “Esperamos que venha a mais do que o valor do ano passado”, disse. 

 

Ampliação

 O secretário executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, que representou no evento o ministro Alexandre Padilha, detalhou que o programa Agora tem Especialistas possui o objetivo de ampliar a oferta de recursos para os municípios para que, na ponta, no atendimento à população, haja a redução das filas e o atendimento completo às pessoas, com consultas, exames, cirurgias ou outras intervenções necessárias, dentro do chamado tempo da oportunidade terapêutica.

“Vou lançar o desafio, que São Bernardo tem toda a condição de assumir e entregar esse resultado, que é ser a cidade, no Estado de São Paulo, no nosso País, que vai realizar o maior número de ofertas de cuidado integrado, e assim a gente vai conseguir reduzir o tempo de espera para a população não só conseguir a primeira consulta, mas também os exames, o retorno e o início do tratamento no tempo certo”, finalizou.

Além do prefeito Marcelo Lima e do secretário executivo Adriano Massuda, participaram da mesa do evento o titular da pasta municipal da Saúde,  Jean Gorinchteyn, a diretora do Complexo de Saúde de São Bernardo e diretora-geral do Hospital de Clínicas, Heloísa Molinari, a superintendente estadual em São Paulo do Ministério da Saúde, Cláudia Afonso, o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges, e o prefeito de Diadema, Taka Yamauchi.

 

Transformação

O secretário de Saúde de São Bernardo, Dr. Jean Gorinchteyn, destacou que o financiamento do SUS é tripartite – considerando as três esferas: federal, estadual e municipal -, e receber o aporte financeiro do Ministério da Saúde permite que a cidade siga qualificando as suas ações em saúde. 

Gorinchteyn lembrou que a Caravana da Saúde, além de atender a demanda por consultas e exames represados, é o programa que tem organizado todo o fluxo de atendimento no município. “Nós fizemos toda a cartilha que o SUS diz, que é o sonho dos profissionais de saúde, que é tirar as pessoas das filas. Pessoas que aguardavam dois, três ou quatro anos dos especialistas. Nós não temos mais fila de ressonância, de tomografia, de ultrassons. Aquilo que nós tínhamos recebido como passivo de 94 mil procedimentos, de exames, de consultas e cirurgias, nós descobrimos que era muito mais. E fizemos mais de 234 mil procedimentos”, concluiu.

 

Foto: Isabella Diniz/PMSBC

 

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