ABC

Governo deve anunciar hoje novas restrições, bares fecharão mais cedo

O governo do Estado de São Paulo deve anunciar hoje, em coletiva extraordinária, novas restrições para tentar conter o avanço do novo coronavírus.  O setor de bares deve ser o mais afetado, com restrição maior de funcionamento.

O Centro Estadual de Contingência ao Coronavírus vem pedindo restrições mais duras para que não haja colapso das redes hospitalares tanto privadas como públicas. Hoje, grandes hospitais já trabalham com 100% de ocupação para pacientes com covid-19. O ABC é uma das regiões com maior pressão e já tem cerca de 75% da ocupação das UTIs.

Apesar de os médicos pedirem o fechamento de bares a partir das 20 horas (quando há o maior volume de pessoas), o governo definiria apenas na noite de ontem  o novo horário do setor. Além disso, haverá uma maior fiscalização para coibir festas e eventos.

Há 15 dias o governo estadual regrediu todas as regiões que estavam na fase verde do Plano São Paulo para a amarela, onde há limite menor de ocupação e horário mais restrito de funcionamento.

 

Contra retrições

O Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC) protocolou nesta quinta-feira, 10 de dezembro, ação judicial contra o ato do Governo Estadual que limita o fechamento de restaurantes e pizzarias até às 22h. O objetivo da medida é permitir que os estabelecimentos possam ficar abertos, além desse horário, em função das confraternizações, típicas do fim do ano, e para as ceias de Natal e Ano Novo.

“Dezembro é o mês que, historicamente, esperamos para melhorar o faturamento e, principalmente, neste período de pandemia que prejudicou demais o setor, muitos nem conseguiram reabrir. A previsão era a de que com as confraternizações e as ceias de Natal e Ano Novo conseguíssemos estancar um pouco os prejuízos”, disse Beto Moreira, presidente do Sehal.

Segundo os advogados do Sehal, Denize Tonelotto e João Manoel Pinto Neto, a ação visa corrigir uma injustiça porque não há estudo que comprove que tais estabelecimentos (especialmente restaurantes e pizzarias), desde que seguindo todos os protocolos de segurança, possam funcionar como agentes propagadores do coronavírus.

“É um absurdo que, no único mês em que os empresários de alimentação poderiam ter um faturamento um pouco melhor, o governo dite regras absurdas e os impeçam de receber seus clientes em jantares de Natal e Ano Novo, retirando dos empresários a única oportunidade que teriam de recuperar um pouco os amargos prejuízos que já estão enfrentando”, reforça Beto Moreira.

O dirigente reafirma que a única coisa que o setor quer é trabalhar e dentro das normas de segurança e higiene. “Os clientes podem realizar os jantares comemorativos sentados à mesa, pois estamos prontos para recebê-los com toda responsabilidade”, acrescenta Beto.

De acordo com ele, a ação jurídica é uma medida extrema que visa socorrer os empresários da categoria, especialmente aqueles que procuraram a entidade dizendo que gostariam de fazer jantares temáticos. “Estamos caminhando junto com os empresários, solidários em suas necessidades. Sabemos que precisam muito de um faturamento em dezembro para saldar parte de suas dívidas. Dentro desse espírito, usaremos todos os recursos para tentar atenuar os efeitos das decisões políticas do Governo condenando as empresas a uma sentença de morte, prejudicando ainda mais o emprego e o desenvolvimento regional”, finaliza.

Foto: Reprodução

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