Economia

Cegonheiros comemoram Top 8 , mas defendem juros mais baixos para automóveis

O aquecimento do mercado brasileiro de veículos, que só no passado apresentou um crescimento de quase 10% na produção, deverá ter um efeito dominó positivo na cadeia de negócios e empregos que gravitam no setor.  Foram, ao todo, 2,5 milhões de veículos, o que faz com que o País volte a figurar na 8ª posição do mundo na produção de automóveis. 

Um impacto direto a ser sentido é na geração de negócios e postos de trabalho no âmbito dos transportes de carros ao consumidor final. “É um cenário bem positivo que, acreditamos, poderá ser melhorado em 2025”, diz o presidente do Sinaceg (Sindicato Nacional dos Cegonheiros), José Ronaldo Marques da Silva, o Boizinho.

Em 2024, o Brasil produziu 2,5 milhões de veículos, registrando um crescimento de 9,7% em relação ao ano anterior. Com esse desempenho, o país superou a Espanha e voltou a figurar entre os oito maiores fabricantes globais. No mercado interno, o cenário também foi positivo, com a comercialização de 2,634 milhões de unidades, mantendo o Brasil na 6ª posição mundial em vendas. 

Para Boizinho, os números mostram a força que a indústria automotiva ainda representa no cenário do País. Mas é preciso enfrentar desafios constantes, como investimentos em infraestrutura e potencial de crédito. “Os juros altos são um problema que, se revolvido ou minorado, pode melhorar muito mais o desempenho brasileiro na comercialização de carros e veículos”, ele diz.

Dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) revelam que, embora a concessão de crédito tenha aumentado 36% em 2024, o financiamento de veículos novos caiu de 60% em 2015 para 44% no último ano. Em contraste, 1,4 milhão de veículos foram adquiridos à vista em 2024, demonstrando um comportamento cauteloso por parte dos consumidores.

Os SUVs lideraram o mercado, com um crescimento expressivo de 19,4% nas vendas, seguidos pelas picapes (+17,9%), vans de passageiros (+16,7%) e caminhões (+15,7%). Já as exportações apresentaram queda de 1,3%, somando 398,5 mil unidades vendidas, com uma receita de US$ 10,9 bilhões. 

 

Empregos

Do ponto de vista social, os indicadores são bons. A geração de empregos no setor foi positiva. Em 2024, as montadoras registraram um aumento de 8,3% no número de funcionários, totalizando 107 mil postos de trabalho – o maior crescimento desde 2007. “Não podemos perder esse impacto positivo, porque mais empregos significa economia mais aquecida.”

 

Foto: Reprodução

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *