Apeoesp pede regularização imediata da limpeza nas escolas estaduais

A limpeza das escolas é um dos fatores prioritários para a manutenção das aulas presenciais. E, na rede estadual de São Paulo, o atraso do pagamento dos funcionários pelas empresas terceirizadas está causando transtornos e colocando em risco a segurança de alunos e profissionais.

Segundo a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), as terceirizadas de limpeza escolar não pagaram os salários de seus funcionários, embora tenham recebido o pagamento do governo estadual, por meio da Secretaria Estadual da Educação. “Como resultado, no momento em que é mais necessária a limpeza e a higienização das unidades escolares, devido à volta das aulas e atividades presenciais impostas pelo governo, escolas de diversas regiões do estado são obrigadas a suspender aulas ou continuar submetendo professores, estudantes e funcionários ao risco de infecção pelo novo coronavírus ou outras doenças”, destaca a presidente da entidade, Maria Izabel Azevedo Noronha.

A entidade enviou nota à imprensa para mostrar a indignação em relação a situação enfrentada por escolas de todo o Estado. Veja:

“Essa situação é absurda! Não é possível que o dinheiro público seja tratado dessa maneira e que os direitos mais elementares da comunidade escolar sejam desrespeitados e que a saúde de todos seja colocada em risco. Em situação normal isso já seria inadmissível. Em meio à pandemia, trata-se de um verdadeiro crime.

Os funcionários das empresas terceirizadas, entre elas a Shalom, Top Service, Destake, Clarifto, são mal remunerados, superexplorados e, agora, ficam sem receber seus salários! E qual é a atitude da Secretaria da Educação, qual a atitude do governo do Estado frente a isso? Até o momento nada foi feito.

Nós, da Apeoesp, nos posicionamos frontalmente contra o processo de terceirização no serviço público, sobretudo na Educação. Todos os que trabalham na escola são profissionais da Educação e devem ingressar no serviço público por meio de concursos e devem, cada um na sua função específica, serem integrados ao trabalho coletivo da unidade escolar. Um funcionário terceirizado, além de ser submetido a condições indignas de salário e trabalho, presta contas a seu patrão, que está fora do sistema de ensino.

Exigimos, portanto, da Secretaria Estadual da Educação que tome providências imediatas para resolver a situação, que determine às empresas que paguem seus trabalhadores, rompa os contratos com essas empresas e realize concursos públicos para a recomposição do quadro de funcionários das escolas públicas estaduais.”

Maria Izabel Azevedo Noronha
Presidenta da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo)

 

Foto: Divulgação Apeoesp

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