Tomate chega a R$ 15 o quilo. Preço das hortaliças verdes começa a recuar

Ir ao mercado se tornou tarefa para heróis, pelo menos no Brasil. O motivo é o custo dos alimentos que a cada dia parece dobrar de valor. Nas últimas semanas, a cenoura e o tomate assustaram que foi ás compras. Mas há outros que estão há mais de um ano bem caros, como o óleo de soja. E as perspectivas não são as melhores.

O tomate chegou a ser encontrado por R$ 15 o quilo em algumas cidades do ABC. A cenoura está perto dos R$ 13 o quilo, deixando o tradicional bolo que é um das preferências das crianças bem mais caro.

Isso sem falar no preço do óleo de soja que está em torno de R$ 9. Segundo Fábio Vezzá, engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) não há perspectiva de redução de preços nas próximas semanas. O custo do de soja está próximo aos óleos mais nobres, como o de milho e o de canola.

“O Brasil teve safra frustrada de soja por conta da seca no sul do país. A alta da gasolina também impactou. O único fator positivo foi a retração do dólar, mas que tem um impacto melhor no valor”, disse Vezza.

As hortaliças verdes são os únicos produtos que começam a recuar, mas ainda devagar. O engenheiro agrônomo destaca que a diminuição das chuvas no cinturão verde colabora para preços melhores.

Nas próximas semanas o pãozinho e o macarrão devem sofrer o impacto da guerra na Ucrânia, que é produtora importante de trigo. A guerra também já causou aumento do custo dos fertilizantes, que é repassados para o consumidor final. “O custo da produção tradicional, com fertilizantes, está se equiparando a dos orgânicos”, disse Vezzá.

A produção de carne bovina entrará na entressafra. O frio obriga os pecuaristas a usarem mais ração, à base de soja, o que deve elevar ainda mais o preço. Ou, na melhor das situações, manter nos valores atuais.

 

Foto: Eagle News

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